terça-feira, 29 de abril de 2008

Estilo

Hoje é só pra descontrair!
Há quem diga que aparência não conta lá muito. Eu mesmo, no meu dia-a-dia, visto-me o mais discreta (leia-se sem graça) possível. Mas chega nos fins de semana... tiro do armário minhas peças favoritas.
Embora nós cresçamos, mamãe deixe de escolher nossas roupas, a roupa que a tia dá de aniversário comece a ficar "cafona", o tempo vá passando, e nós nos ajustemos a uma maneira própria de vestir, passamos por um referencial, ou, ainda que não copiemos fielmente os caracteres, admiramos um referencial.
Pra mim, duas pessoas criaram esse referencial: Johnny Depp e Namie Amuro.
O primeiro, claro, celebridade inquestionável mundo afora, marcou-me pela originalidade de seu vestir. Eu desconheço se há alguém por trás do figurino de Depp, de qualquer forma, adoro como ele pega um acessório qualquer e junta na composição que fica com cara de "tô me lixando se isso é moda ou não - EU crio minha moda".
Já a Namie, celebridade pop no Japão foi a figura da minha adolescência. Suas botas sempre presentes nos palcos me levaram ao quase doentio sonho de consumo: comprar uma bota no mesmo estilo! Satisfeito o desejo, é só aproveitar. Ela, eu sei que compõe o próprio look. E sempre aparenta muito sexy, sem espaço pra vulgaridade. Da mesma forma, acho que ela conseguiu o que muito artista não consegue: criar uma maneira de se vestir que fica como marca registrada da pessoa, sem parar no tempo, acompanhando todas as mundanas mudanças.
Uma foto pra vcs!





E você? Qual seu estilo?

sábado, 26 de abril de 2008

Um Litro de Lágrimas

O post de hoje toca em vários assuntos.



O vídeo é do J-drama (Japanese Drama) intitulado Ichi rittoru no namida, fielmente: Um litro de lágrimas. E conta a história de Aya, uma menina que no auge de seus 15 anos, descobre ser portadora de uma doença incurável: degeneração espinocerebelar.
A doença em si traz uma série de inconvenientes. Por ser derivada de mutação genética, e portanto, passível de transmissão apenas pela hereditariedade, não causa risco a terceiros, mas é uma doença bastante triste. A pessoa aos poucos vai perdendo a coordenação, deixa de conseguir andar, escrever, falar e terá dificuldade até para engolir os alimentos. É progressiva, embora o avanço varie de pessoa para pessoa. No caso de Aya, os médicos disseram que a evolução estava acontecendo rápido demais.
Para mais informações, acesse: Degenerações espinocerebelares
Aya passa, obviamente por muitas dificuldades. Basquetista, tem de deixar o clube por não conseguir mais correr ou mesmo ter força pra lançar a bola; não consegue medir a distância dos objetos, enfim. Começa a perder o movimento das pernas, tendo de usar cadeira de rodas, o que faz que seus pais tenham que levá-la à escola, mesmo eles tendo de trabalhar logo cedo; atrasa o andamento das aulas, involuntariamente, claro, porque não consegue escrever no ritmo que o professor passa a matéria, fazendo com que os amigos esperem em respeito à sua condição.
Mas aos poucos, os colegas de classe começam a se sentir prejudicados, os pais, nas reuniões, também reclamam da situação, toda aquela coisa de falar mal pelas costas vai acontecendo.
Aqui, no vídeo, Aya chega bem no momento em que os colegas estão discutindo isso.
A questão é que Aya insistiu muito em continuar no colégio, ainda que os pais achassem melhor mudá-la para uma escola especial. Dizia Aya que, na presença diária de seus amigos, ela era capaz de sorrir, apesar da doença.
E no final das contas, Asou Haruto, que faz o discurso no vídeo, foi quem esteve com ela o tempo todo. Nunca reclamou de nada, e sempre aparentou frio, grosseiro (ele dizia que a morte era uma questão de balanço, equilíbrio: uns morrem para outros nascerem; dizia também que pouco importava se uma pessoa estava doente ou ia morrer, que as pessoas se esforçavam demais para continuar vivendo). No fim, ele foi o verdadeiro amigo de Aya. Isso faz pensar em uma série de questões. No meu caso, evidencia o fato de que amigos são importantes, sem dúvida, mas mais importante é a família, que não abandona a pessoa quando ela mais precisa.
E no vídeo acho que fica bem claro mesmo não a falsidade em si das pessoas, mas o egoísmo.
Vale lembrar que o J-Drama em questão foi baseado em uma história real, mais especificamente nos diários de Aya Kito (sim, o mesmo nome da menina na novela), que veio a falecer aos 25 anos.
A frase mais bela do drama, mais pro final da série, é quando Aya diz a Haruo, minutos antes de morrer: "Viva! Viva sempre!"

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Pequeno Poema


Foto por Thomas Seiki Ueda

Geografia

O homem pertence ao mundo.
Hoje, eu diria, pertence aos limites de sua crença.
Se decidir sair, ele sai.
O homem tem raízes. Mas sabe cortá-las. Uma a uma.
Lugar não prende gente alguma.
O homem nasce num canto do mundo
E se desloca num arco de 180°.
Faz o mundo parecer perfeitamente esférico.
Mas só faz se perder. Mal sabe ele onde.
Não no mundo geográfico. No mundo do devaneio.
Nem sabe muitas vezes o que procura.
Quando tudo se encontra nele mesmo.
Pois o homem ainda que corte as raízes
E se desprenda do pátrio solo,
Esquece que a única pátria se acha em si.

Poema escrito por Isa Ueda

domingo, 20 de abril de 2008

Pessoas Vazias

Antes de qualquer coisa, ficam meus mais sinceros desejos de felicidades a todos os aniversariantes deste mês. Em especial, claro, à pessoa cuja companhia me é sempre bem-vinda e por quem guardo meus sentimentos mais preciosos de amor, Thi; minha amiga, companheira desde a infância, cuja simpatia e inteligência só me faz crescer mais e mais em admiração, Paty; meu querido irmão, sempre me ouvindo... as reclamações, os delírios da alma, as alegrias bestas dos dias corridos, companheiro presente de academia, Leo; e, por fim, meu Tio, sempre disposto a me dar as imprescindíveis caronas Londrina à fora. Parabéns a Todos vcs!!!


Meu último e recém-lido livro: Kafka à Beira-mar. É diferente de tudo o que já li em toda minha vida (curta, diga-se de passagem). Cheio de metáforas, o livro acaba se tornando um pouco complexo, o que não deixa de significar que o livro é muito bom. Como não tenho habilidade para resumir histórias, e nem é esse o objetivo do post, deixo um pequeno trecho que gostei muito. Em verdade, há muitos diálogos ou passagens que gostei, mas fico com este mesmo, que é curto até e tem bastante significação ainda que fora do contexto.

Oshima: - [...] o que me desgosta são as pessoas desprovidas de imaginação. Os "homens vazios", de T.S. Eliot. Gente que preencheu esse vazio, esse vácuo deixado pela ausência da imaginação, com a palha da insensibilidade, e anda por aí sem ao menos se dar conta do que aconteceu com eles. Gente que força os outros a aceitar essa insensibilidade fazendo uso de palavras desprovidas de substância. [...]
[continua] - As pessoas podem ser gays, lésbicas, héteros, feministas, fascistas, comunistas, hare krishna, nada disso me importa. Qualquer que seja a sua bandeira, não me importa. O que eu considero insuportável são as pessoas vazias.
[...] Mentalidade tacanha e intolerância. Teorias infundadas, palavras vazias, ideais usurpados, sistemas inflexíveis. Estas são as coisas que eu realmente temo e odeio. É muito importante saber o que é certo e o que é errado. E erros de julgamento individuais são na maioria das vezes passíveis de correção. São reparáveis, desde que haja coragem para reconhecer o erro. Mas a mentalidade tacanha e a intolerância resultantes da ausência de imaginação são como parasitas: transformam seus hospedeiros, metamorfoseiam-se e continuam a existir. Não há salvação para elas.

Haruki Murakami - Kafka à beira-mar

quarta-feira, 16 de abril de 2008

A Dança do Universo

O livro A dança do Universo, de Marcelo Gleiser compreende um compactado mas bom agrupamento de aspectos biográficos de alguns cientistas, lato sensu. De uma forma geral, posso dizer que o livro aborda a história da física, partindo das crenças mitológicas até os dias de hoje.
Além da linguagem acessível, a leitura é cativante e quase nada cansativa. Altamente recomendada para qualquer pessoa que se interesse ou não pelo assunto. Se você não conseguir ler até o fim, recomendo ao menos as pequenas passagens em que o físico conta um pouco de cada personalidade científica. É só olhar o índice remissivo.
Acredito que, embora o livro apresente algumas falhas conceituais* (do meu humilde ponto de vista - não sou estudante de física), o objetivo de quebrar aquele famoso esteriótipo de "cientista é um ser frio ou ateu" é perfeitamente alcançado.
Pense bem num assunto que, para você, traduza uma situação de pólos completamente distintos, o preto e o branco do mundo: pensou? Uma pequena sugestão: Ciência x Religião.Pois é. No livro acho que aos poucos, essa diferença vai enfraquecendo. Eu mesma sempre fui da opinião de que uma não necessariamente exclui a outra. Cada uma tem um campo próprio para sua atuação, e alguns pontos que se tocam e são comuns. E por que não interpretar como respostas diferentes para uma mesma pergunta? Cada uma com sua fundamentação.
Veja por um lado. Se até mesmo a ciência admite teorias completamente opostas para explicar a luz, a teoria corpuscular e a teoria ondulatória, por que não a Religião apresentar a sua teoria baseado na fé? O que não admito é que uma subjugue a outra. Deve haver uma harmonia entre duas criações absolutamente humanas. Não podemos nos esquecer que, tanto a religião quanto a ciência são resultados de uma mesma capacidade: a mente do homem. E tanto em uma como na outra, é necessário a crença. Na religião nem precisa entrar muito a fundo. Todo mundo já ouviu falar em "fé". Mas na ciência, muitos conceitos, muitas teorias, são baseados em crenças. São as chamadas hipóteses. Ainda que se trabalhe com axiomas e postulados só por estes a ciência não pode evoluir. E acho que isso fica bem claro no livro. A teimosia e a paixão pelo entendimento levaram a incríveis descobertas que culminaram em verdadeiras revoluções científicas.
É por isso, que deixo a vocês frases** do cientista mais conhecido de todos os tempos, o que demonstra facetas bem-humoradas, de um cientista que, antes de tudo, também foi alguém assim: de carne, osso e sentimentos.

1) Só duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana, e só tenho dúvidas quanto ao universo. Albert Einstein

2) Senso comum é uma coleção de preconceitos adquiridos aos 18 anos. Albert Einstein

3) Você realmente não entende algo se não consegue explicá-lo para sua . Albert Einstein

*M.G. utiliza insistentemente o termo "força centrífuga" para situações como a de pessoas dentro de um carro numa curva acentuada em alta velocidade. Eu sempre aprendi que nessas situações não havia uma força centrífuga, que escapa radialmente, já que escapa, nessa situação, tangencialmente. Veja, é uma questão terminológica.
** A frase n. 2 pode ser encontrada no próprio livro A dança do Universo, já as outras duas não conheço nenhuma fonte para citar.

P.S.: Pra galera que quiser saber a respeito de outras opiniões sobre o livro, recomendo os seguintes links: Como distorcer a Física e Coisa de Gorgo. São opiniões distintas. Mas pra chegar à sua própria conclusão, só lendo o livro!

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Invisível

Um pequeno trecho que tirou lágrimas de mim:

Para a maioria das pessoas, Hans Humermann mal chegava a ser visível. Uma pessoa não especial. Com certeza, tinha excelentes habilidades como pintor. Sua habilidade musical era superior à média. Mas, de algum modo, e tenho certeza que você já deve ter conhecido gente assim, ele conseguia parecer simples parte do cenário, mesmo quando estava na frente de uma fila. Vivia apenas por ali, sempre. Indigno de nota. Não importante nem particularmente valioso.
O frustante nessa aparência, como você pode imaginar, era ela ser completamente enganosa, digamos...

- e EU sou uma delas.

Extraído de A menina que roubava livros - Markus Zusak

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Os Nomes dos Seres Vivos - Curiosidades

Afiado ainda nos estudos de biologia do ensino médio? Lembrado das aulas de classificação dos seres vivos, dos critérios de nomenclatura, da nomenclatura binomial dos seres vivos, da sistemática e da taxonomia?
Eu não. De verdade. Mas o estudo científico também pode ser divertido.
Quem nunca ouviu falar em Canis lupus? Tyrannosaurus rex?
Pois é, pode parecer bastante arbitrário nomear os seres vivos. Mas há toda uma série de normas que deve ser seguida. A maioria já deve conhecer, e eu, de cabeça, não me recordo de todas. Mas basicamente, seria:
1) O primeiro nome deve fornecer o gênero, sempre com letra maiúscula, e o segundo, todo em minúsculo, a espécie.
2) Ambos devem ser grafados em itálico ou sublinhados.
3) O nome deve ser em regra em latim (há nomes em grego antigo também), ou seja, língua morta, impassível de mudanças na semântica, atribuindo-se, consequentemente, caráter universal.
4) A unidade básica é a espécie, mas pode haver também uma terceira palavra, designando a subespécie
5) Como para espécies novas o nome pode ser batizado pelo seu nomeador, vindo do nome de pessoa, o segundo termo deve terminar com "i", mas pode indicar região de origem, etc.
Ok, eu disse que poderia ser divertido.
Há quatro instituições que cuidam dessa "patenteação" de nomes científicos: O Comitê Internacional de Taxonomia dos Vírus (International Committee on Taxonomy of VirusesICTV); A Associação Internacional de Taxonomia Botânica (International Association for Plant TaxonomyIAPT); O Comitê Internacional de Sistemática dos Procariotas (International Committee on Systematics of ProkaryotesICSP); E a Comissão Internacional de Nomenclatura Zoológica (International Commission on Zoological NomenclatureICZN), ficando os fungos por conta do IAPT.
Geralmente, e de muito bom-senso, dá-se o nome em homenagem a celebridades científicas. Exemplo super conhecido é o do Trypanosoma cruzi (em homenagem a Oswaldo Cruz). Mas há aqueles que preferem celebridades artísticas. É tudo uma questão de gosto. Nessa dança, já entrou o nome de Harrison Ford para uma espécie de aranha (Calponia harrisonfordi), e de uma de formiga (Peidole harrisonfordi).
E não poderiam faltar os engraçadinhos: nome de um ácaro - Trombicula fujigmo, acrônimo de “fuck you Jack, I got my orders”.

De qualquer forma, há sempre uma pequena curiosidade por trás de tudo o que estudamos. Estudar pode ser cansativo. Mas, dispondo de um pouco de curiosidade e tempo, o maçante se torna interessante e estimulante.

Texto baseado nos escritos de Andrei Winograd - Já pensou nisso?

terça-feira, 8 de abril de 2008

Auto-conhecimento

Quem nunca assistiu ao longa "A viagem de Chihiro", fica aqui minha recomendação.
Quem assistiu, mas não viu os extras, ficam as palavras de Hayao Miyazaki, claro, passíveis de mudanças de minha vaga memória. "É só com essa canção" - linda, diga-se de passagem - "que o filme consegue fechar a história". Chihiro e os pais estão de mudança. Perdidos e atraídos pelo cheiro de comida, os pais de Chihiro sentam-se numa dessas banquinhas onde há muita comida exposta, carnes suínas das mais variadas, e comem compulsivamente. Chihiro, que desde o começo dizia que queria ir embora, resolve dar uma volta, e quando retorna à banquinha de comida, seus pais já haviam se transformado em verdadeiros leitões. Em busca de ajuda, e sendo criança, tenta procurar ajuda. Mais tarde, vem a descobrir que havia ingressado num mundo paralelo, dos mortos, pode-se assim dizer, e acaba numa casa de banho para espíritos cansados. Diante de muita confusão e outros tantos acontecimentos que são solucionados pela própria personalidade de Chihiro, salvo engano, com 10 anos, sai-se muitíssimo bem em todos os desafios sobrevindos ou mesmo impostos. O mais importante deles, ela só poderia sair desse mundo se lembrasse seu verdadeiro nome, já que logo dão um novo nome a ela, e com o tempo que fica lá, ela vai se esquecendo aos poucos. Além disso, para ter seus pais de volta, humanos, também deve descobrir, em meio a vários outros leitões, quais são seus pais. E, claro, mais uma vez, ela alcança sucesso. O importante, pelo menos que eu consegui depreender, foi a mensagem de que, não importa o que aconteça com você, onde você esteja, com quem você esteja, se puder sempre se lembrar de quem você é, quais são suas metas, essa coisa que chamamos mesmo de "brilho pessoal", sempre podemos solucionar qualquer impasse. E que muitas vezes estamos à procura de algo, que, embora não saibamos muito bem o que seja, para nos tornarmos completos, mas que a resposta está sempre dentro de nós mesmos, carregados por nós o tempo todo.
Mas para entender mesmo o que escrevi, só assistindo, se possível, vendo os extras e de onde surgiram as ideias para os personagens, é divertido, vale conferir!

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Escrever por quê

Uma pessoa que fala bem, sem dúvida, apresenta as vantagens diárias da sociedade: facilidade de comunicação; facilidade de influência, trazendo gentes de seu interesse para o mesmo lado do pensamento do talentoso orador; e, sem pensar só neste lado bajulador do ser humano, faz amigos mais facilmente. Até porque, existem momentos em que as palavras ganham o tom certo por serem ditas. Olho no olho. Enquanto isso, outras só recebem a ênfase real se lidas do modo esperado pelo escritor. Sim, porque há vezes, infelizmente, que não basta estarem escritas. Mas o escritor de talento contorna habilmente esse problema. Quando o bom orador se põe a falar, sabe respeitar o poder do som. Ele escolhe as palavras que soam naturais e agradáveis, faz as pausas necessárias para pôr a audiência em reflexão - ou mesmo para chamar a sua atenção -, e vocifera mais forte para destacar partes específicas de seu discurso. Da mesma forma, o bom escritor também convida o seu leitor a pôr-se em reflexão acerca de seu texto, mas com algumas peculiaridades. Somente na leitura as pessoas encontram seu próprio ritmo de compreensão, lendo na velocidade que lhes convém, dando o tempo necessário para "digerirem" ideias alheias e com elas formarem uma opinião própria. Ademais, algumas palavras fluem naturalmente na leitura, não apresentando tanto o caráter dramático ou pomposo de quando se valem oralmente. Afinal, "a escrita fixa a palavra"¹, e quem a profere deve prestar maior rigor do que na fala, vez que se posta ao futuro. O orador possui um contato mais direto com seu ouvinte, e, se quiser fazer um estranho sorrir, pode abster-se da palavra e sorrir primeiro ao estranho. Mas assim, por meio impresso, quantas palavras preciso para que um estranho sorria?____________________________________________________________
¹ARANHA, Maria L. de Arruda e MARTINS, Maria Helena Pires - Filosofando. P. 84. Moderna.


O meu intuito mesmo é de uma postagem por semana, mas para a inauguração sair do "sê bem-vindo", ficam minhas palavras, escritas.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Bem-vindos

"Nós exergamos tudo num espelho, obscuramente. Às vezes conseguimos espiar através do espelho e ter uma visão de como são as coisas do outro lado. Se conseguíssemos polir mais esse espelho, veríamos muito mais coisas. Porém não enxergaríamos mais a nós mesmos".
J. Gaarder - Através do Espelho
Depois de muito pensar sobre qual o nome ideal pra este blog, veio à tona o nome, enfim. Pra quem leu o livro, fica mais fácil de entender, pra quem não leu, fica um trecho do livro que acho que resume bem minha escolha. Como o blog se restringe a registrar algumas ideias minhas, na verdade tentando mais me esclarecer para mim mesma, esse blog nada mais é do que uma tentativa de polir o meu próprio espelho.
Seja bem-vindo e sinta-se à vontade para comentar.

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"For now we see through a glass, darkly; but then face to face: now I know in part; but then shall I know even as also I am known". 1 Corinthians 13:12

After spending a lot of time thinking about the best name for this blog, I had some sort of enlightenment. For those who read the book Through the glass, darkly (J. Gaarder), it's easier to understand why I chose the title - in Portuguese, Polishing my mirror. For those who didn't, this is a biblical passage that summarizes my choice.
This blog intends to register some of my ideas, in fact, so that I can come here sometimes and read my own thoughts and get to know me better. So, I must say, I want to see myself through the glass - in order to also know I am known somehow, especially by my own self.
Welcome and be my guest to comment if you feel like it.