domingo, 20 de abril de 2008

Pessoas Vazias

Antes de qualquer coisa, ficam meus mais sinceros desejos de felicidades a todos os aniversariantes deste mês. Em especial, claro, à pessoa cuja companhia me é sempre bem-vinda e por quem guardo meus sentimentos mais preciosos de amor, Thi; minha amiga, companheira desde a infância, cuja simpatia e inteligência só me faz crescer mais e mais em admiração, Paty; meu querido irmão, sempre me ouvindo... as reclamações, os delírios da alma, as alegrias bestas dos dias corridos, companheiro presente de academia, Leo; e, por fim, meu Tio, sempre disposto a me dar as imprescindíveis caronas Londrina à fora. Parabéns a Todos vcs!!!


Meu último e recém-lido livro: Kafka à Beira-mar. É diferente de tudo o que já li em toda minha vida (curta, diga-se de passagem). Cheio de metáforas, o livro acaba se tornando um pouco complexo, o que não deixa de significar que o livro é muito bom. Como não tenho habilidade para resumir histórias, e nem é esse o objetivo do post, deixo um pequeno trecho que gostei muito. Em verdade, há muitos diálogos ou passagens que gostei, mas fico com este mesmo, que é curto até e tem bastante significação ainda que fora do contexto.

Oshima: - [...] o que me desgosta são as pessoas desprovidas de imaginação. Os "homens vazios", de T.S. Eliot. Gente que preencheu esse vazio, esse vácuo deixado pela ausência da imaginação, com a palha da insensibilidade, e anda por aí sem ao menos se dar conta do que aconteceu com eles. Gente que força os outros a aceitar essa insensibilidade fazendo uso de palavras desprovidas de substância. [...]
[continua] - As pessoas podem ser gays, lésbicas, héteros, feministas, fascistas, comunistas, hare krishna, nada disso me importa. Qualquer que seja a sua bandeira, não me importa. O que eu considero insuportável são as pessoas vazias.
[...] Mentalidade tacanha e intolerância. Teorias infundadas, palavras vazias, ideais usurpados, sistemas inflexíveis. Estas são as coisas que eu realmente temo e odeio. É muito importante saber o que é certo e o que é errado. E erros de julgamento individuais são na maioria das vezes passíveis de correção. São reparáveis, desde que haja coragem para reconhecer o erro. Mas a mentalidade tacanha e a intolerância resultantes da ausência de imaginação são como parasitas: transformam seus hospedeiros, metamorfoseiam-se e continuam a existir. Não há salvação para elas.

Haruki Murakami - Kafka à beira-mar

3 comentários:

Carla Menezes disse...

Adorei o trecho do livro, e será sem dúvida minha próxima leitura depois que terminar os que estou lendo!
Mostrarei o trecho a pessoas com as quais vinha conversando sobre a "verdade" e sua conotação etérea, considerando a diversidade de pontos de vista.
Tomei a liberdade de adicionar seu blog aos meus feeds!
:*

Unknown disse...

Eu agradeço muitíssimo!
E eu vou adicionar um link pro teu blog, ok?

Carla Menezes disse...

Gostei da idéia dos links, vou fazer isso também (te imitando, rs)!