domingo, 15 de fevereiro de 2009

Ver é humano. Enxergar é supremo!

Perdoem-me o post de hoje. Ele está enigmático às boas doses. Talvez percam a linha do raciocínio, que, diga-se de passagem, é subjetiva ao extremo. Mas se alguma coisa de boa conseguirem apreender, creio que meu trabalho está feito! Mãos à obra:

Todo mundo passa por momentos em que gostaria de poder abrir os olhos de certas pessoas. Mas às vezes, a pessoa precisa abrir por conta própria os olhos para ter uma visão completamente nova. E superior. De outro modo, nunca se sabe a que dimensão de entendimento a pessoa pode chegar. Incompleta? Parcial? Supérflua, ou pior, nenhuma?

Matisse já dizia que a visão humana funciona desta forma: um olho vê e outro registra tudo. E o homem então, enquanto vê tudo perfeitamente, se gaba e diz: "eu vejo a realidade das coisas". Mas, o que acontece quando passamos a não enxergar mais tão bem? Ocorre uma certa tensão entre o primeiro e o segundo olho. Uma luta verdadeiramente pesada. Até que finalmente, o segundo olho ganha, e passa a trabalhar praticamente sozinho. Vendo tudo de uma forma mais especial. Esse olho, caro leitor, encontra-se no cérebro. Quando isso acontece, a pessoa passa a agir de uma forma completamente nova. Eu, particularmente, gosto também de pensar que ele passa a enxergar com os olhos do coração, e torna-se um ser completamente novo, imergindo também num mundo inteiramente desconhecido outrora. Caso essa mudança não ocorra, creio que a pessoa se perde numa miséria que dinheiro nenhum é capaz de resolver seu vazio.

"Dentro de cada um de nós jaz o mundo inteiro, e para aquele que consegue olhar e aprender, a porta está à sua frente e a chave em sua mão. Ninguém sobre a face da Terra é capaz de lhe dar a chave ou a porta, a não ser você mesmo."
J. Krishnamurti,
You Are the World.