quinta-feira, 15 de outubro de 2009

"Nós também somos poeira estelar"

Eu sou dessas que sempre achou a existência algo fantástico. Se eu dissesse que nunca tive do que me queixar, ou que nunca me senti totalmente despida de vida, no entanto, eu estaria mentindo descaradamente.
Mas, no que toca ao meu deslumbramento sobre a vida (e a morte), acredito que essa minha forma de pensar deriva de um tanto de livros que vim lendo ao longo da minha vida. Acho incrível, por exemplo, como J. Gaarder nos apresenta, em um de seus livros, a ideia de que somos feito de poeira estelar. O que ele quis dizer com isso? É bem simples (e ainda assim, de uma beleza que me tomba sempre): as estrelas vêm e se vão. E os atómos que as compõem são reaproveitados na origem de uma coisa totalmente nova. E por que não na formação de nós mesmos? Ao menos pra mim, me soa extremamente bela essa ideia.
Em outro livro, Gaarder ainda faz uma metáfora em que as pérolas que compõe um colar, quando morremos, seu fio se rompe, e as pérolas rolam e se perdem. Com isso ele quis dizer que cada pérola, de um canto do mundo, já pendeu sobre o pescoço de uma mulher. E com sua morte, quem saberia dizer que pedaços do mundo inteiro já esteve envolto em sua garganta? As pérolas nada mais são que uma representação para nossos átomos.
Assim, como Walt Whitman já cantava em seus lindos versos,
Eu celebro a mim mesmo
E o que assumo você vai assumir
Pois cada átomo que pertence a mim pertence a você.

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