segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Life goes on

Enquanto não encerramos um capítulo, não podemos partir para o próximo. Por isso é tão importante deixar certas coisas irem embora, soltar, desprender-se. As pessoas precisam entender que ninguém está jogando com cartas marcadas, às vezes ganhamos e às vezes perdemos. Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. (Fernando Pessoa)

Por uma nova fase, e que venha com tudo!

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Motivação!

Estava eu aqui vendo minhas aulas de Direito Penal quando o professor lembrou-nos do vídeo de Joseph Klimber.
Tive que ver de novo!
Enjoy!

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Onde está a felicidade?

Quem não conhece nosso querido Wally? Onde está Wally foi um dos conjuntos de livros que mais gostei em minha infância. Feito em capa dura, formatação enorme, bastava abrir o livro para sentir que estava abrindo um jogo de tabuleiro, desses que se fecham pela metade para guardar na caixa, feito banco imobiliário, jogo da vida e afins.
Eis uma típica cena do livro.


Consegue encontrá-lo?

Pois bem. Era uma brincadeira um tanto quanto divertida, até porque cada cenário propunha ao leitor achar outros tantos itens inusitados, e o legal era realmente apreciar a riqueza de detalhes da imagem.

Brincar de procurar coisas sempre foi, pelo imaginário do homem, uma das melhores diversões do mundo. Brincamos de esconde esconde, caça ao tesouro e Mãe da rua colorida, por exemplo, porque adoramos procurar coisas. Procurar pessoas, procurar objetos, procurar uma cor.
E por que não falar que estamos todos à procura da felicidade?

Pode ser que nem nos deparemos com isso, mas estamos buscando isso a todo momento. Afinal, não procuramos pessoas interessantes sem uma finalidade. Faz parte do convívio social? Sem dúvidas. Mas porque encontrar alguém com o qual nos identificamos faz bem à nossa pessoa. E não precisa ser nenhum cientista para saber que o que nos faz bem nos proporciona felicidade.
Onde está a felicidade deve ser uma das maiores questões da humanidade. E todo mundo de vez em quando se atreve a respondê-la. 
Ora, a felicidade está em todo lugar, dizem uns.
Outros citam poemas e frases famosas.
Outros tantos preferem se ater à simplicidade: a felicidade está num sorriso.

Difícil adotar só uma vertente e esquecer as demais. Sim, a felicidade está em todo lugar, para aquelees que sabem olhar para o mundo com olhos de criança.
Sim, Drummond tinha razão, nos sábios versos: "a dor é inevitável, o sofrimento é opcional".
Sim, a felicidade está num sorriso, porque ninguém sorri da própria infelicidade. Não sem um mínimo de autossarcasmo.
Sim, a felicidade está nas pequenas coisas da vida.

Portanto, creio que a felicidade está em tudo isso e mais um pouco.


Alguém duvida?

domingo, 13 de novembro de 2011

Linda flor...


"Se alguém ama uma flor da qual só existe um exemplar em milhões de estrelas, isso basta para que seja feliz quando a contempla". 
Antoine de Saint-Exupèry

Photo by cam DSC-W560

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Halloween

Hoje é dia de Halloween!!! Mais conhecido como Dia das Bruxas, no Brasil a data passa bem discretamente, no máximo com escolinhas de inglês realizando algumas festinhas particulares para os alunos se divertirem. Eu adorava quando era criança (tá, se me convidassem, acho que ainda hoje iria, e me divertiria tanto como antigamente), todo aquele pessoal vestido à caráter, as brincadeiras que eles faziam de "casa mal assombrada", os gritos espontâneos da garotada, muitas guloseimas, o famoso jack o'latern. Era  uma desculpa simplesmente maravilhosa para capricharmos na decoração. 
Só para entrar no clima, divulgo umas fotos do blog Cake Event. Achei uma graça. Fecho o mês, e agora... reapareço para as festas de fim de ano!





sábado, 29 de outubro de 2011

Whose fountains are within

Frase linda...

"I may not hope from outward forms to win
The passion and the life, whose fountains are within".

Não posso esperar ganhar de formas exteriores/ A paixão e a vida, cujas fontes se encontram dentro de mim.


quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Música boa é outra história...

É como eu sempre digo, adoro música. O tipo? Qualquer um que mexa com minha alma.
Não sou fã de games, embora confesse que jogue alguns com certa frequência (alguém falou Tetris?). Mas há alguns por aí, que, embora eu nunca tenha jogado, a trilha sonora é linda.
Aqui vai um exemplo, do evento VGL 2011. Espero que gostem.

sábado, 8 de outubro de 2011

Um cantinho projetado para sonhar



Ok, é a foto de uma varanda de um show room. Mas para mim, é um cantinho feito para se jogar e delirar com os sonhos. Afinal, sonhar também é importante.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

O legal do "happy dead"

No meu aniversário acabei ganhando uma regatinha do Camiseteria. Foi meio que surpresa. Eu havia pré-selecionado algumas estampas, mas não fazia ideia de qual ganharia, e, ainda, sinceramente, até o dia da festa, eu já havia me esquecido completamente de todas elas. A estampa é justamente essa que coloco no post.
-------------------
Pois bem. Pode não ser dos preferidos de muitas pessoas. Seja porque são... MORTOS (oras), seja porque tem um ar de infantil, ou poderiam simplesmente resumir tudo em "tens um mau gosto... um gosto pra lá de duvidoso". Tudo bem, respeito todas as opiniões. Mas, uma vez isso deixado claro, passo a expor a minha, que não cá está para persuadir ninguém, afinal, meu objetivo não é revender a regatinha, gostei muito dela!
Tenho que começar me recontando. Eu, quando criança, costumava brincar num parquinho do clube de onde era sócia. Aquele lugar já foi bonito. Hoje, desconfio que inexiste, afinal, a sede foi vendida. Mas mesmo ao decorrer de minha infância, fui pouco a pouco vendo os brinquedos descascarem, começarem a enferrujar,  perderem o fluido, e rangerem naquele espaço que também foi perdendo as crianças que se tornaram adolescentes num piscar de olhos. Enfim, tornou-se um lugar desabitado, sem encanto, e, aos meus olhos, sombrio. Eu tinha um certo medo de brincar lá. Havia também uma casinha de alta tensão, e aquela placa de aviso com tais dizeres e a figura de uma caveira.
Sim, eu morria de medo daquela placa. Não ligava para o choque, até porque, eu jamais chegava perto o suficiente da dita casinha. Mas aquela caveira... ah, ela brincava com meu imaginário. Para mim, que creio  na época nem ter suficiente discernimento para saber o que era "alta tensão", me passavam várias coisas à mente, menos choque. Imaginava espíritos, fantasmas, esqueletos de crianças saindo daquela casinha.
Hoje, claro, dou boas risadas. E o mais engraçado disso tudo, é o contraste. Não sei o que exatamente havia lá para ser necessário o alerta de perigo: casa de máquinas, gerador, não sei, e perdoem minha ignorância. Mas... precisavam colocar aquilo num parquinho de crianças? Num playground?! Por quê?
Um lugar destinado às crianças, à diversão, à alegria.
Como disse, hoje dou boas risadas disso tudo. Inclusive, hoje sou uma grande adepta dessa moda skull. Não que tenha começado a usar caveiras como acessórios em função da moda. Meu interesse veio antes, e a moda não quis ir embora pelo visto.
Perguntam-me por que essa paixão toda repentina por caveiras?
Porque para mim, ela é um símbolo. Não da morte. Não mais. Representa todo meu amadurecimento. Tanta informação contida numa caveira! Como assim? É simples. E eu explico o contraste que antes havia mencionado.
Quando no parquinho do clube, criança que era, a caveira, ali, naquela placa, tinha uma função de extrema importância: alertar aos baixinhos que ali não era lugar de brincar de esconde-esconde, por exemplo, de escalada, ali era, numa palavra, perigoso. Aquele perigo nem um pouco sedutor. Aquele perigo de morte mesmo! Mas não era nada disso que eu via quando olhava para aquela caveira.
Hoje em dia, no entanto, pode ver, a morte aparece em desenhos para as crianças. É para elas gostarem daquela figura da morte! Não daquele jeito assustador, mas no melhor estilo "happy dead". Veja-se nosso querido Tim Burton. Ele é a prova viva (trocadilho sem graça) disso. Lembro-me de quando vi "A noiva cadáver", e o "mundo dos mortos" tinha bem mais cores que a vida "terrena e carnal". Tudo era mais divertido entre os mortos. Por que isso?
No caso do Tim Burton, porque ele é um gótico, isso é fato. Mas não é o meu caso.
Meu caso é que eu cresci, amadureci. Tirei muitos "fantasmas" da minha vida. Fantasmas, por exemplo, de assombrações mesmo, mas também da ingenuidade, da inocência, da  ignorância, do não entender tantas coisas da vida. É a constatação de todas essas coisas que me ocorre quando vejo uma caveira.
E hoje, ela fica por aí, estampada em camisetas, penduradas em pingente, no sentido mais alegre e cool possível. Mas hoje, não sou uma criança que gosta de caveirinhas desenhadas no melhor estilo "cute", feito desenho animado. Sou uma adulta, que se encantou pela arte de fazer dos antigos medos uma mudança de paradigma. Ou quem sabe, uma forma diferente de encarar as coisas.

sábado, 1 de outubro de 2011

Ao meu ser empático, por assim dizer...

Extraído de pensamentos profundos de uma mente um tanto "sui generis" - obrigada pela partilha sincera de tais ideias!

"Ei!", era assim que muitas vezes você me corrigia. E eu ficava feliz. Tinha um jeito diferente de falar. Na verdade, nunca o ouvi falar assim, eu apenas lia essas duas letrinhas... mas imaginava uma careta de pouco conformado surgir em sua face.
Seu jeito seco de se despedir, quando a conversa começava a fluir tão bem, mas sempre alimentando já aquela saudade que eu sabia que iria nascer logo em seguida. 
Suas perguntas, às vezes tão difíceis de responder, seja porque me deixavam sem graça, às vezes com lágrimas querendo pular para fora dos olhos... seja porque me pegavam de surpresa.
Longas conversas, muitas risadas, algumas lágrimas (da  minha parte - ixi, foi-se outro segredo à revelação).
...
Não sei o que somos. Não nos considero amigos, embora tenha lhe revelado algum dos meus mais humilhantes e invasivos segredos. Mas alguns permanecem, para manter o mistério que porventura lhe pusesse mais curiosidade sobre mim, certo?
Mas não é por mal considerá-lo. Muito pelo contrário. Já lhe disse que começou tudo pela empatia, não é mesmo? Não somos amigos porque ainda ficamos no plano muito virtual... não nos conhecemos tão bem quanto gostaria. Nossas longas conversas, em sua grande maioria, deram-se virtualmente... bem poucas pessoalmente, embora uma delas (não assim tão longa) tenha se dado quase aos cochichos, um no ouvido do outro. 
E, logicamente, se não avançamos ao plano de amigos, dificilmente eu me consideraria apaixonada por você. Não que isso também tenha uma má conotação. É simplesmente por uma questão cronológica e de logística: não deu tempo de chegar a tanto. 
Mas a tal da empatia... ah... essa não foi embora.
Empatia por quê? Porque me identifiquei tanto com você já logo no início, quando captei um ar de "nerd", de sabichão (é isso mesmo), um quê de falsa arrogância, mas também muitas ideias parecidas. Eu me vi mergulhada numa porção do seu EU. Achei-o maduro (não que eu seja), e é tão bom ter pessoas maduras para trocar algumas palavras. 
Fiz de você dono de um poema, conjecturamos alguns atos futuros, confidenciamos outros tantos passados...
Sinceramente, esses pensamentos não têm fim.... vêm e vão, sem pedir licença alguma ficam desfilando pela minha mente. 
O que isso significa, eu não sei, sei que foi preciso me sentar e dividi-los aqui, acaso pudessem chegar até você.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Thanks Jorge and Alexa



Alexa canta com tanta energia que é impossível não gostar.
Parabéns para essa família linda que tem ensinado tanta coisa boa às pessoas!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Um pensamento que mudou minha vida...

Cada um tem de mim exatamente o que cativou, e cada um é responsável pelo que cativou, não suporto falsidade e mentira; a verdade pode machucar, mas é sempre mais digna. Bom mesmo é ir à luta com determinação, abraçar a vida e viver com paixão. Perder com classe e vencer com ousadia, pois o triunfo pertence a quem mais se atreve e a vida é muito para ser insignificante. Eu faço e abuso da felicidade e não desisto dos meus sonhos. O mundo está nas mãos daqueles que tem coragem de sonhar e correr o risco de viver seus sonhos. - Charles Chaplin


sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Little things of life...



Ah, as pequenas coisas da vida...
Talvez eu seja estranha mesmo. Talvez tenha sido pela minha educação. Mas o fato é que eu valorizo as pequenas coisas da vida. Elas me enchem de alegria, encanto e deslumbre. Não quero discutir se é errado ou não quando as pessoas já não mais se atentam a elas. Melhor deixar isso para consciência de cada um. E empresto as palavras de Bob Dylan:


Yeah and how many times must a man look up
Before he can see the sky?
...
Yes and how many years can a mountain exist
Before it's washed to the seas (sea)
...
Yes and how many times can a man turn his head
Pretend that he just don't see?


Agora, para aqueles que sabem celebrar a vida, indico o site: 1000 awesome things.


Vi no TED

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Medicina UFMT

Venho aqui exercer meu direito à liberdade de manifestação do pensamento (art. 5º, IV de nossa Magna Carta), expressando minha solidariedade  aos alunos do curso de medicina da UFMT.
 Fazendo um retrospecto do ocorrido, resumo: no início de junho estudantes do curso paralisaram, insatisfeitos com o curso. Dirigiram suas críticas, entre outras,  ao não cumprimento de carga horária de aulas práticas, falta frequente de professores, o aumento do número de vagas do curso sem a necessária adequação física e contratação de mais professores –  ou seja, críticas à violação do Plano de Ensino e das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Medicina no Brasil. A priori, houve diálogo entre os graduandos e o corpo docente, o qual chegou a manifestar apoio à iniciativa dos alunos. No entanto, o que parecia um acordo verbal feito entre discentes e docentes e coordenadoria mostrou-se insuficiente. Os acadêmicos então redigiram um manifesto e uma carta aberta aos professores, chefes de departamentos e demais estudantes do curso.  Dias depois foram às ruas expor à população de Cuiabá o descaso da UFMT por meio de protesto, publicaram um video na internet (#queroestudar) e, como nada disso fez mexer as engrenagens para melhoria do curso, os alunos procuraram o Ministério Público relatando suas queixas. Ao que tudo indica a representação ao MP restou infrutífera. As férias vieram e se foram, os alunos chegaram a fechar a faculdade para aumentar a pressão e o resultado disso tudo: professores ameaçaram os acadêmicos de reprová-los por falta. E agora o curso segue como se nada tivesse acontecido. Afinal, foi ou não foi um “cala a boca”?
Fica, pois, a minha indignação. Todos sabemos que o curso de medicina é visto como o mais concorrido das universidades em geral, que sua admissão pelo vestibular ou mesmo agora pelo Enem ainda carrega um status de glória àqueles que nele ingressam, e que os que ingressam, na maioria, já passaram à idade adulta. Então por que não os tratar como adultos? Penso que o diálogo havido entre os discentes e o corpo docente deveria ter sido medida sufiente para chegar-se num acordo verdadeiro e frutífero. Mas a impressão que fica é de que não passou de uma fachada para momentaneamente acalmar-se o ânimo dos alunos.
Sei que o curso está passando por mudanças, que houve a adoção de nova metodologia. Sei também do primeiro lugar no Enade conquistado com louvor e sei também haver grandes profissionais dentro do curso, seja como médico seja como professor. Porém, não sei dizer ao certo se estão eles satisfeitos ou não com tais mudanças. Entendo que as mudanças baguçam um pouco tudo por onde passam, mas a intenção é sempre o progresso, a melhora. Afinal, como no campo da gestão de empresas, não saímos da era da inspeção e chegamos na era do balanced scorecard? Houve insatisfação no processo? Com certeza, mas os empresários hoje não estão mais preparados? Com certeza. Assim deve ser também no curso de medicina. E, ainda, maior responsabilidade existe para a medicina da UFMT que se sobressaiu no Enade.
Do meu humilde ponto de vista, a indignação fica aos médicos/professores da instituição. Parece que, ainda que tudo caminhe para o melhor – os indicadores de desempenho do curso, o número de instituições de ensino, as chances de ingresso no curso, a ampliação dos meios de manifestação do pensamento, o interesse dos alunos a uma boa formação acadêmica – aquela velha crítica ao ego dos médicos permanece, sem razão de ser. “Ecce medicus” (eis o médico, pois)...   como bem lembra Karl , autor do blog homônimo da frase latina que aborda de forma crítica a prática médica. No final de tudo, parece que aquela pequena vaidade dos médicos permanece. E como ainda se pode ler no blog, “eritis sicut dii” (sereis como deuses), a frase soa perfeita ao ego de alguns médicos.
Minha pergunta é: até quando essa vaidade se prolongará? Ela vale mesmo até como um “cala a boca” aos estudantes de medicina? 

sábado, 30 de julho de 2011

Um dia para a beleza...

Chega o fim de semana nos agitados centros urbanos. Papais e mamães levam os filhos para passear nos shoppings; casais de namorados apaixonados vão pegar um cineminha; os solteiros baladeiros vão curtir uma festa; os amigos fazem aquele churrasco; os grupos de terceira idade mais animados vão fazer algum trabalho voluntário em festivais na cidade. 
Mas e se não tem shopping, não há opção de cinema, não tem balada, não tem festa à vista, não tem amigos para churrasco e não se está na terceira idade?
Bom... aí uma alternativa é cuidar de nós mesmos. 
É incrível como tirar um dia para fazermos tudo aquilo que a correria da semana não nos permitiu fazer pode ser tão prazeroso. 
Para algumas pessoas cuidar de si pode ser agendar uma consulta no dentista pelo sábado de manhã, ou mesmo fazer aquele check-up no cardiologista. 
Cuidar de si pode ser também ler algo descontraído, diferente daquela seriedade toda que somos obrigados a engolir no dia a dia do trabalho: relatórios, ofícios, resenhas, teses... papelada que mata a criança escondida dentro de qualquer adulto. Então, um bom livro de ficção, romance, aventura afastaria esse espírito assombroso que existe no ambiente laboral e traria de volta uma mente aberta à diversão.
Cuidar de si pode ser também assistir aquele filme em casa que seu amigo emprestou com tanta boa recomendação e você prometeu que assistiria, mas nem abriu a caixinha do dvd. Aliás, abrindo um parênteses aqui, acabei me lembrando do Sebastian Marshall, que em um de seus newsletter ele deu um grande conselho: quando alguém te recomenda algo com muito, mas muito entusiasmo, faça aquilo que lhe foi recomendado. Há uma grande chance de você se arrepender e se perguntar do porquê não fez aquilo antes. E se alguém tem tanto entusiasmo, acredite, a coisa deve ser realmente muito boa, ou pelo menos ter o seu valor. 
Mas cuidar de si pode ser também um simples dia para se olhar no espelho, fazer caras e bocas, fazer uma máscara de tratamento facial, maquiar-se como se fosse sair para A festa da sua vida, escolher um bonito vestido (mesmo que ninguém vá te ver), e curtir saber que se você quiser, pode derrubar meio mundo a seus pés. Afinal, ter um pouco de autoestima não mata ninguém.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Mexa-se!

A tecnologia tem ajudado: todo mundo tem um pequeno destaque nos dias de hoje se quiser. Basta um clique e um loading, e pronto, existe um vídeo seu na internet. No geral isso não é ruim. Até discordo de James Ellroy, autor do livro "Dália Negra", que esteve no Flip e criticou os blogs.  Para ele, todo dono de blog se acha um escritor. Eu não creio que todos os blogueiros se vejam como escritores. Eu não sou escritora nem tenho ilusões de que assim possa ser chamada. Sou uma pessoa normal que tem ideias e tem vontade de dividi-las. Nada mais. 
Ok, mas se no geral toda essa parafernália do mundo moderno não é ruim, o que há de ruim? 
O ruim é que algumas pessoas se deixam seduzir por essa aparente exposição pública que ganham internet a fora e, como se isso fosse o mais importante, param no tempo. 
Como assim param no tempo?
O menino posta um vídeo seu no youtube desabafando sobre não sei o quê. Os amigos acabam vendo o vídeo. O vídeo ganha alguns acessos. O menino começa a se inflar só em ego. E então, ele vai querer mais. E o que ele vai fazer para ter mais? Ora, fará só o mais do mesmo. E tem nisso o ponto alto de sua adolescência. 
Por que os jovens hoje não procuram outros tipos de destaque? 
Eu não nego. Adoro ter destaque. Nem sempre é possível, claro. Mas eu gostava de ter destaque no colégio, nos cursos que frequentava. Esse tipo de destaque eu vejo com um destaque saudável. Agora, aparecer um vídeo seu no youtube que só alcança uma fama quase autodestrutiva (nasce para morrer no esquecimento)... não vejo com bons olhos. 
Você pode até pensar: e destaque na escola não é autodestrutivo? Claro, também nasce para cair em completo oblivião. Mas o que eu ganhei com esse destaque ninguém me tira. Ora, eu APRENDI. Eu APREENDI conteúdo. Eu cresci. Eu aderi algo a mim. Dá para entender a diferença?
E essa fama autodestrutiva, fácil de se conquistar, não apenas não acrescenta nada como também não nos permite progredir. É uma fama que não se sustenta, só causa uma depressão enorme no infeliz que acreditava que aquilo era tudo de mais importante que havia. E não é diferente quando as celebridades caem. A fama que não acrescenta nada a você como pessoa humana só pode ser autodestrutiva. A pessoa se deprime quando o mais do mesmo não tem mais graça para ninguém (nem para ele mesmo que começou tudo).
Mas é difícil colocar isso na cabeça de nossos jovens. 
Tudo que posso dizer é: não se esforce para ter 1000 ridículas visualizações no seu vídeo. Isso não vale a pena. Esforce-se para querer ser grande, grande em espírito. Mexa-se! Procure ler com frequencia, ver filmes ricos em conteúdo, aprenda um novo idioma, tenha amigos mais inteligentes que você. 
Tenha o desejo de crescer.
E seja feliz!


quarta-feira, 20 de julho de 2011

Coisas da minha infância...

Dizem que quem vive de passado é museu. Não sei quem inventou essa frase horrível. Todo mundo vive de passado. Pode até ser diferente hoje de quem era no passado. Mas, pode ter certeza, foi justamente por causa de algo que ocorreu no passado que se sentiu a necessidade de mudar, ou mesmo nem percebeu como as coisas evoluem naturalmente. Mas a noção de evolução não existe sem o conhecimento do passado.
Para falar a verdade do que penso, é muito bom reviver o passado em memória (ou via post - por que não?). Às vezes, buscar os fatos escondidos no fundo de nossas mais remotas lembranças ajuda a sabermos quem somos hoje no presente.
Maaaaas... deixando um pouco a filosofia de lado, venho apenas dividir algumas lembranças aqui do meu passado. Não porque esteja exatamente nostálgica, nem porque queira saber agora quem eu sou (e não que eu já saiba). Foi só aquele sentimento de "Nossa! É verdade! Eu fazia/via isso quando era criança!".
Pois é. Aí vai uma lista. Não é um top ten, pois não elegi preferência alguma, deixei apenas a mente ir pescando as recordações. Amusez vous! 

1) Eu brincava de barbie... 




















Ahhh! Sério?! Achei que menina nunca brincava de barbie...

É, mas eu gostava de brincar com meus irmãos... NÃO! Eles não brincavam de barbie.
Eles brincavam de... 

Comandos em ação!!!
Ou então de...

Tartarugas Ninjas!!!


















Eu só não lembro se meu irmão, o Leo, tinha o Leonardo... ou se era outro...

Mas uma coisa que nunca fizemos foi brincar eu com minha barbie e eles com os bonequinhos de...

Cavaleiros do zodíaco!!!



















Mas eu confesso. Eu largava minhas Barbies pra brincar com bonequinhos de...

Power Rangers!!!















Mas, além dos bonequinhos, às vezes também fingíamos que éramos os power rangers em carne e osso... e fazíamos máscara de papel deles... mas acaba tudo em piscina...

E também, lembrando um pouco de Toy Story 3... eu brincava de Barbie e meu irmão caçula com seus bonecos de Toy Story e seus bichinhos da Disney (Mickey e Cia).


















2) Mas além de Barbie, eu brincava também de Lego




















Pra falar a verdade, o mais legal era montar. E como quase nenhuma coleção ficou realmente preservada (a gente misturava tudo), montávamos uma cidade inteira. Quando íamos brincar, para estrear a cidade... a graça sumia em 3 min. E aí proclamávamos o DIA DA REFOOOORMA!!! na cidade. Era legal destruir também. Mas não podíamos fazer isso à noite... segundo meus pais, fazia muito barulho...

3) Brincava de carrinho...
Hot wheels mesmo e outros que a gente "herdou" do meu pai e do meu tio...



















Agora... o que eu Nunca imaginei é que eu fosse querer um carro que a gente tinha de miniatura... Um mini-cooper!!! (sem imagem mesmo)

4) Tínhamos os Manuais da Turma da Mônica. Sinceramente, eu gostava mais do Manual de Aventuras do Cebolinha... e dos famosos biscoitos de marinheiro!!!




















5) Eu e meus irmãos tínhamos em conjunto o álbum de figurinhas do Senninha...















6) Arrancava o colchão da cama, dobrava-o colocando entre a cama e o armário e fazia uma barraquinha...
(não achei nada parecido parai ilustrar... mas era bem divertido!)

7) Brincava de gato-mia com cabra-cega, ao qual adaptamos ao nome de "quarto escuro". Sem bobagens, gente. Éramos criança. Ahn... detalhe: para sabermos onde o procurador estava, ele tinha que ficar andando com o bonequinho do Rex de Toy Story, que tinha a barriga e dentes que brilhavam no escuro...
















8) Soltava bolhas de sabão...

















9) Subia no telhado...














10) Brincava de escolinha com meu irmão caçula... mas não havia hierarquia, revezávamos entre quem era aluno e quem era professor. Ele era professor de uma língua que ele mesmo tinha inventado. Recuso-me a revelar o nome da língua... será que ele ainda lembra?

E vocês, caros leitores, brincavam do quê? Faziam o quê em suas infâncias?

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Frase do dia...

Eterno Fernando Pessoa...

Tenho pensamentos que, se pudesse revelá-los e fazê-los viver, acrescentariam nova luminosidade às estrelas, nova beleza ao mundo e maior amor ao coração dos homens.


terça-feira, 12 de julho de 2011

Pra divulgar...

Alunos denunciam falta de estrutura na UFMT

MEDICINA

Caroline Rodrigues / Da Redação

Alunos do curso de medicina da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) denunciam que a
carga horária não está sendo cumprida pela instituição. Eles reclamam ainda que houve a ampliação do número de vagas ofertadas, passando de 40 para 80. No entanto, os investimentos em laboratórios e instituições hospitalares para realização do estágio não foram realizados. Um documento, relacionando os
problemas, foi encaminhado para o  Ministério Público Federal (MPF).
O Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed) foi chamado para intermediar as negociações, que segundo os acadêmicos chegou em um momento crítico. O presidente da entidade, Edinaldo Lemos, explica que os alunos estão em greve há 30 dias e até ontem não tiveram nenhum posicionamento da reitoria da UFMT. Conforme Lemos, será marcada uma reunião, ainda esta semana, com os responsáveis pelo departamento de Medicina para tentar uma solução.
O atual sistema de ensino foi aprovado com base em um projeto de expansão que nunca saiu do papel, argumentam os alunos. O plano garantia contratação de mais professores e técnicos de nível superior e médio, reforma e construção de salas de aula e construção de novo Hospital Universitário, que não tem sequer previsão para o começo das obras.
Outro lado - A UFMT foi procurada pela reportagem para falar sobre o assunto, mas não retornou as
ligações até o fechamento da edição.

Fonte: Gazeta Digital/MT - Judiciário/Ministério Público Federal em 07, de julho de 2011.

domingo, 10 de julho de 2011

Leituras...


Ler é tudo de bom. Clichê. Recomecemos.
Ler é preciso. Paródia, das mais sem criatividade. Tentemos de novo.
Ler é... 
Tudo bem, falemos do fundo de nossa alma. No caso, deixe-me falar do fundo da minha alma.
Ler é uma das atividades que faço desde pequena. É verdade, nem sempre fui fã da leitura. E, sinceramente, até hoje eu tenho uma preguiça enorme de ler. Quantas vezes blogs de textos interessantíssimos não foram vítimas da barra de rolagem apressada. Sim, essa barrinha do lado, que o mouse hoje ainda facilita mais. Pois é, quando não se está a fim de ler, a seta do mouse vai direto de cima a baixo, às vezes pausa para ver uma imagem no meio do post. Mas se o post não tem imagem... ih, daí danou-se.
Mas, mesmo tendo que lutar contra essa preguiça, a verdade é que sempre fui também disciplinada. Não tão disciplinada talvez como Sophia (a filha da mãe chinesa*), mas disciplinada o suficiente para se vencer pequenos desafios diários. 
Nunca tiveram de me obrigar a ler nada. Se me pedissem para ler, eu lia. Se não precisava ler o livro todo, mas apenas um capítulo, acho que por pura teimosia e algo de vaidade, eu lia o livro todo. 
Mesmo assim, há diversos livros clássicos que ainda não constam na minha lista de livros lidos. 
Tenho uma lista armazenada em meu computador, com títulos que me lembro de ter lido desde 2006 (sim, portanto há muitos livros de fora, infelizmente), e um perfil com alguns livros no Shelfari
Hoje eu concluí a leitura de "O grito de guerra da mãe-tigre", de Amy Chua, e logo arrematei o início de Robinson Crusoe, clássico de Daniel Defoe. Ainda nem saí do primeiro capítulo, mas só a leitura da Introdução, escrita por Paul Theroux, me deixou empolgadíssima. Estou lendo na versão original, inglês, e, reproduzirei algumas palavras de Theroux: 

It is a success story - of fall and rise; it is also a narrative of purification, with the most downright details as well as something approaching the spiritual. Not surprinsingly, this novel has been in print and popular for almost three hundred years. 

Minha tradução: 
É uma história de sucesso - de queda e ascensão; é também uma narrativa de purificação, com os detalhes mais sinceros, bem como algo próximo ao espiritual. Não surpresamente, este romance tem sido impresso e popular por quase trezentos anos. 

Com esse ponto de vista, digam-me, dá ou não dá vontade de ler um livro desses? Queda e ascensão. Gostei muito da interpretação geral dada ao livro. Infelizmente, confesso que por pré-conceitos, sempre tive a ideia equivocada de uma estória sobre um náufrago e a sobrevivência. Nada mais.
É por isso que, como eu ia dizendo lá começo... ler é simplesmente maravilhoso. Quanto mais se lê, mais nossa mente se abre, mais é fácil apaixonar-se pela vida, pela riqueza de detalhes tantas vezes invisíveis àqueles que não se entregam aos prazeres da leitura.
Ler é preciso, sim. E me desculpem a paródia.
__________________________________________________
*Sophia, a primogênita no livro O grito de guerra da mãe-tigre - Amy Chua.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Dia tranquilo... dia de cookies!

Hoje foi dia de fazer cookies. A pedido de minha mãe, fiz alguns cookies de chocolate e castanha do pará.


Segue minha receita...

Ingredientes:

2 xícaras de chá de farinha integral fina (eu uso Jasmin)
3/4 xícara de chá de açúcar mascavo 
3/4 xícara de chá de açúcar cristal (uso União)
2 ovos grandes
2 colheres de margarina (uso becel)
1 colher de chá de fermento em pó royal
180 g de chocolate meio amargo picado grosseiramente (uso Garoto)
50 g aproximadamente de castanha do pará picada 

Modo de fazer:

Em uma tigela grande e funda, misturar os ingredientes na ordem acima, até obter uma massa homogênea.
A dica é misturar com a mão, de preferência com luvas descartáveis.
Forre as assadeiras com papel manteiga e coloque aproximadamente uma colher de sopa da massa como medida para cada cookie.
Se quiser decorar, essa é a hora! (pode ser com mini m&m's, com a própria castanha picada, etc - eu não decorei estes).
Leve ao forno pré-aquecido e deixe 20 min.
Se seu forno for modesto como o meu, lembre-se que cada vez que for trocar a "fornada" o tempo de assar vai diminuindo... 
Rendimento médio: 30 cookies

Bon appétit!

Pintura viva

Imagine só você estar andando e se depara com um quadro natural de plantas que reproduz o "Campo de trigo com ciprestes" de Van Gogh!!!
Pois é verdade... é claro que isso não está acontecendo no Brasil. Mas para aqueles que tiverem a oportunidade, o National Gallery em Londres, em parceria com a General Electric, colocou a ideia em prática.




Agora sim, imagine que legal deve ser poder curtir a "telona" aí ao vivo.

Pra quem se decepcionou... calma! O quadro, feito com mais de 8.000 espécies de plantas irá adquirir com o tempo as cores do quadro de Van Gogh, é só esperar a primavera chegar... eu ia adorar estar no lugar da moça de rosa.


Vi na FarmRio
Mais informações.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Que tipo de pessoa você quer ser?

Como assim que tipo de pessoa eu quero ser? Já não SOU eu mesma eu? Tudo bem. Claro que tanto eu quanto você já somos nós mesmos, por assim dizer.
Mas antes daquele papo velho e desgastado de que é bobagem querer ser outra pessoa, já me adianto - sim, é uma bobagem querer ser como fulano ou beltrano. Mas não vejo nada demais em querer ser um outro você mesmo. Então novamente, eu pergunto: que tipo de pessoa você quer ser?
Um ali diria "bonito, rico, inteligente, simpático, querido". Ora. Quem não queria ser tudo isso? Ainda assim... esse tipo de personalidade não soa um tanto quanto superficial? Bonito. Tá. Bonito como? O que é ser bonito para você mesmo? E você acha que o que é bonito para você seria bonito para todos? E por aí poderíamos divagar. Paro por aqui, porém.
A verdade é que, você pode até tentar se definir como uma pessoa X, descrevendo todo o conjunto de qualidades existentes em sua personalidade, mas, acredite, isso não é tudo. Você não poderia, aliás, aceitar que é apenas uma pessoa que possa ser descrita em poucas linhas. Jamais. E por que não? Porque mudamos, simplesmente. Claro, mantemos aquela essência, mas mudamos. Constantemente.
Não só estava correto Raul Seixas quando cantarolava "Prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo", mas também todas as interpretações infinitas que se pode fazer do filme "Cópia Fiel" (de Abbas Kiarostami). Particularmente, encantaram-me as palavras finais de Luiz Zanin, "Somos também essa sucessão interminável de cópias de nós mesmos, tentando, desesperadamente, parecer-nos com um original que tampouco sabemos se existe." 
Embora eu não pretenda adentrar o filme, mas apenas deixar aqui como sugestão, é bem possível enxergar o significado dessas palavras. Penso eu também que somos sempre cópias sucessivas de nós mesmos. Ainda quando desejamos copiar uma terceira pessoa, a essência não nos deixa, no fundo, ser outra pessoa
Eu quero, portanto, ser o tipo de pessoa que é aquela cópia não necessariamente perfeita de um antigo eu, mas uma que eu mesma possa vir a me surpreender na cadeia sucessiva de minhas transformações. Não que esteja insatisfeita agora. Mas eu sei que vou mudar cada vez um pouco mais. É como se eu me sentisse o rio de Heráclito. 
Bonita, rica, inteligente, simpática, querida. Tudo bem. Mas esses ideais também se alteram com o tempo. É por isso que não é tão simples dizer quem somos ou o que queremos ser. Posso ser um hoje e outro amanhã. 
No momento, eis o que posso dizer: sou uma aspirante a uma cópia futura minha desconhecida, que sei que irá me apetecer. Que fique claro, porém, que isso não é nem nunca será tudo que se possa dizer de mim.


Com certeza a vida tem muitas perspectivas.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Trema

Desconheço a autoria, mas achei o texto divertido e compartilho com vocês.
Eu, que já sofri tanto quando criança para entender porque que "língua" não levava trema e "bilíngue" levava, e por levar bronca de professores que diziam que o trema não eram "dois pauzinhos em cima do U", como eu costumada desenhar. Sim, desenhar, literalmente, em cima do U, quase assim, 'u', só que dentro da letra. Eu que apanhei bastante, sinceramente, gostaria de estar aprendendo a escrever hoje. Mas daí as dúvidas seriam outras... Por que consequência não se escreve consecuência? Já que quente tem som de kente? (sim o K da moda), e por aí iria...

Despedida do TREMA

Estou indo embora. Não há mais lugar para mim. Eu sou o trema. Você pode nunca ter reparado em mim, mas eu estava sempre ali, na Anhangüera, nos aqüíferos, nas lingüiças e seus trocadilhos por mais de quatrocentos e cinqüenta anos.
Mas os tempos mudaram. Inventaram uma tal de reforma ortográfica e eu simplesmente tô fora. Fui expulso pra sempre do dicionário. Seus ingratos! Isso é uma delinqüência de lingüistas grandiloqüentes!...
O resto dos pontos e o alfabeto não me deram o menor apoio... A letra U se disse aliviada porque vou finalmente sair de cima dela. Os dois pontos disse que seu sou um preguiçoso que trabalha deitado enquanto ele fica em pé.
Até o cedilha foi a favor da minha expulsão, aquele C cagão que fica se passando por S e nunca tem coragem de iniciar uma palavra. E também tem aquele obeso do O e o anoréxico do I. Desesperado, tentei chamar o ponto final pra trabalharmos juntos, fazendo um bico de reticências, mas ele negou, sempre encerrando logo todas as discussões. Será que se deixar um topete moicano posso me passar por aspas?... A verdade é que estou fora de moda. Quem está na moda são os estrangeiros, é o K e o W, "Kkk" pra cá, "www" pra lá.
Até o jogo da velha, que ninguém nunca ligou, virou celebridade nesse tal de Twitter, que aliás, deveria se chamar TÜITER. Chega de argüição, mas estejam certos, seus moderninhos: haverá conseqüências! Chega de piadinhas dizendo que estou "tremendo" de medo. Tudo bem, vou-me embora da língua portuguesa. Foi bom enquanto durou. Vou para o alemão, lá eles adoram os tremas. E um dia vocês sentirão saudades. E não vão agüentar!...
Nós nos veremos nos livros antigos. saio da língua para entrar na história.

Adeus,
Trema.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

O anúncio

Procuro alguém para conversar.
 Não estou à procura de um amor nem de um melhor amigo.
Procuro apenas alguém para conversar.
Procuro alguém que entenda
como pode ser tão humano apenas conversar,
 alguém para quem tudo bem de vez em quando eu dizer o óbvio
só para quebrar o silêncio indesejável,
alguém para quem “bom dia”
não seja mais um sinal da trivialidade na qual nos colocamos dia após dia,
 alguém que saiba que uma conversa
no melhor estilo elevador e “faz sol, faz chuva”
pode ser tão confortante quanto às vezes é preciso estar só.

Procuro alguém para conversar.
 Não quero que se zanguem pela imbecilidade que existe
em dizer que prato comi hoje ou ontem.
Não quero que deixem de me dizer tudo que pensam
apenas porque posso parecer frágil em alguns momentos.
Quero que conversem comigo.
 Não é pela carência.
É mais por um efeito recíproco daquela poesia drummondiana:
 quero escutar voz de gente, deixar de ser pobre!
Mas também gosto de me contar, me dispar e gritar
(mesmo que só por dentro).
Só quero alguém para conversar.

Procuro alguém para conversar.
 Alguém que possa dizer as mesmas coisas
sempre de novas maneiras
sem parecer mentira ou exagero,
 mas que se mentir ou exagerar,
eu me divirta tanto quanto o sujeito que narra,
e que ninguém se machuque por causa disso.
 Alguém a quem eu possa contar a mesma história
 infinitas vezes e rir sempre com a mesma intensidade.
 Ou chorar, por que não?
Não por causa das lembranças em comum.
Mas por causa da revelação,
 de tudo aquilo que aquela conversa representa.

Procuro alguém para conversar.
Não me dêem terapeutas, psicólogos ou pessoas do gênero.
 Não, não há nada de errado com esses profissionais.
Mas também não há nada de errado comigo,
obrigado.
 Eu quero alguém para conversar
sem  ter de encostar minha cabeça num divã
aberto a teorias infindáveis de quem sou pelo que fiz.
Eu quero alguém que possa conversar comigo
sem o olhar de um doutorzinho na vida,
pois que doutores da vida
todos somos desde quando nascemos.

Procuro alguém para conversar
até quando todos os assuntos possíveis tiverem se esgotado,
 e o verbo for algo escasso.
Procuro alguém que saiba que conversar
vai além da sonoridade das palavras:
 uma boa conversa sempre é regada de gestos
 (talvez até bem teatrais),
 risadas, olhares, caretas e até de silêncio.

Por fim, procuro alguém para conversar.
Alguém a quem eu possa dizer “adeus”
sem parecer “adeus” ao pé da letra.
Alguém que entenda que adeus é só uma palavra oca
 que inventaram para partir corações.
 Que seja um “adeus” de brincadeira então,
 só para dar um pouco de saudade e logo dizer “voltei!”
 e daí se conversarem novamente.

Adeus!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Frases que refletem meu dia...

Gosto das frases do dia do iGoogle. As de hoje, pelo menos duas delas, tiveram grande influência em meu dia:

Provar que estou certo seria admitir que eu poderia estar errado. - Pierre Beaumarchais
Se cinqüenta milhões de pessoas dizem uma grande besteira, continua sendo uma grande besteira. - Anatole France

Pra falar a verdade, me faz lembrar muito daquela frase "o importante não é ter razão, o importante é ser feliz".

Quando a gente se frusta porque não consegue demonstrar nosso ponto de vista, creio que discutir não seja a melhor solução. Claro que às vezes é inevitável uma discussão, quando o ponto de vista sustenta quase toda a visão de mundo, o porquê da vida e tudo mais. Mas, ainda assim, sempre chego a essa conclusão: não me importa se minha razão não atinge o outro. Importa que eu esteja feliz. E como ficar feliz? Compreendendo que cada um tem um jeito único de ser, de pensar e de agir.
E não importa quantas pessoas confirmem a sua ideia, se uma única pessoa não concorda, ele simplesmente não concorda com todos que a confirmaram. E não há nada de errado nisso.
Sejam felizes! É o que importa...

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Running

Esse foi o segundo filme do Shelton films ao qual eu assisti. O primeiro que vi foi My name is Lisa, quando revirando os vídeos do Youtube, eu procurava uma cena específica dos Simpsons. No entanto, ainda que no começo possa parecer engraçado o primeiro vídeo que vi, foi preciso ver até o final para ver que se tratava de algo muito mais profundo. 
O segundo vídeo, Running, já não começa engraçado, mas ainda preserva a ótima atuação de Carlie Nettles.
Como o próprio nome sugere, na história do vídeo, a menina está fugindo constantemente das brigas incessantes dos pais, ainda que no sentido figurado: foge se trancando, foge mergulhando na música, foge escondendo-se com o amigo no telhado, foge o tempo todo, até que... poxa... não sei como continuar descrevendo o vídeo. É preciso assistir.
Eu gostei do curta pela escolha muito apropriada do título, o qual dá um sentido ainda mais forte para várias cenas do curta (que dão ênfase a nossos escapismos modernos), gostei, como já deixei claro, da atuação de Carlie e gostei principalmente do final arrebatador. Porque é exatamente assim que as surpresas nos pegam em nossas vidas. Gostaria de escrever muito mais, mas também não quero ser spoiler.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Depoimento pessoal

No último post eu havia feito algumas recomendações para o tempo livre nas férias.
Pois bem, eu mesma entrei no clima que eu visualizei e continuei a ler a série O Mochileiro das Galáxias. 
Confesso que até o terceiro volume eu achava tudo muito inteligentemente divertido. Douglas Adams com aquele seu humor inglês que eu tanto amo, as aventuras se desenrolando ao longo da série, algumas revelações decepcionantes, é verdade, mas tudo fazendo muito jus ao brilhantismo do autor. 
Só agora lendo o quarto volume é que me dei conta de como a série é, ao contrário do que pensava, divertidamente inteligentíssima. 
Talvez porque ele tenha iniciado já fazendo uma crítica bastante irônica sobre como tudo se deu no passado,    expondo nossa espécie ao ridículo de fazer uma verdadeira bagunça por causa da ideia de um homem que, resumindo bem seu ponto de vista, só achava que seria bom se as pessoas fossem legais umas com as outras (citando indiretamente o trecho do livro). 
Infelizmente, não me atrevo a continuar. É preciso ler, desde o primeiro volume. Depois, é só maravilhar-se. 
Quando eu terminar a série toda, quem sabe eu não volte aqui com algumas visões extras sobre esse gênio de autor?