sábado, 1 de outubro de 2011

Ao meu ser empático, por assim dizer...

Extraído de pensamentos profundos de uma mente um tanto "sui generis" - obrigada pela partilha sincera de tais ideias!

"Ei!", era assim que muitas vezes você me corrigia. E eu ficava feliz. Tinha um jeito diferente de falar. Na verdade, nunca o ouvi falar assim, eu apenas lia essas duas letrinhas... mas imaginava uma careta de pouco conformado surgir em sua face.
Seu jeito seco de se despedir, quando a conversa começava a fluir tão bem, mas sempre alimentando já aquela saudade que eu sabia que iria nascer logo em seguida. 
Suas perguntas, às vezes tão difíceis de responder, seja porque me deixavam sem graça, às vezes com lágrimas querendo pular para fora dos olhos... seja porque me pegavam de surpresa.
Longas conversas, muitas risadas, algumas lágrimas (da  minha parte - ixi, foi-se outro segredo à revelação).
...
Não sei o que somos. Não nos considero amigos, embora tenha lhe revelado algum dos meus mais humilhantes e invasivos segredos. Mas alguns permanecem, para manter o mistério que porventura lhe pusesse mais curiosidade sobre mim, certo?
Mas não é por mal considerá-lo. Muito pelo contrário. Já lhe disse que começou tudo pela empatia, não é mesmo? Não somos amigos porque ainda ficamos no plano muito virtual... não nos conhecemos tão bem quanto gostaria. Nossas longas conversas, em sua grande maioria, deram-se virtualmente... bem poucas pessoalmente, embora uma delas (não assim tão longa) tenha se dado quase aos cochichos, um no ouvido do outro. 
E, logicamente, se não avançamos ao plano de amigos, dificilmente eu me consideraria apaixonada por você. Não que isso também tenha uma má conotação. É simplesmente por uma questão cronológica e de logística: não deu tempo de chegar a tanto. 
Mas a tal da empatia... ah... essa não foi embora.
Empatia por quê? Porque me identifiquei tanto com você já logo no início, quando captei um ar de "nerd", de sabichão (é isso mesmo), um quê de falsa arrogância, mas também muitas ideias parecidas. Eu me vi mergulhada numa porção do seu EU. Achei-o maduro (não que eu seja), e é tão bom ter pessoas maduras para trocar algumas palavras. 
Fiz de você dono de um poema, conjecturamos alguns atos futuros, confidenciamos outros tantos passados...
Sinceramente, esses pensamentos não têm fim.... vêm e vão, sem pedir licença alguma ficam desfilando pela minha mente. 
O que isso significa, eu não sei, sei que foi preciso me sentar e dividi-los aqui, acaso pudessem chegar até você.

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