terça-feira, 29 de maio de 2012

Espaço para amar

Nada como a tranquilidade a portas abertas...
Deixa-as assim, amor, que o tempo é curto
E o amor demasiado para uma tarde só.

Venha aqui mais pra perto de mim e diz baixinho,
Porque o sussurro cai bem ao amor.
Não por medo, receio, prevenção ou alerta.

Diz que sou tua, que és meu, que somos para nós.
E que já me amas, embora sem pressa,
Porque as portas, meu amor, ora estão abertas.

E se posso, assim, te querer, despreocupada,
Quero-te sem o meu vulgar silêncio,
Pois que a noite chega colérica, sem aviso.

E, cerradas, as portas entopem o lugar.
Mas amar... ah, amar requer espaço!
Há uma vasta extensão entre delírios e abrigo.


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